



Bolfiar - genitivo de um antropónimo germânico.
“Por volta do mês de Junho,
ao pintar das primeiras cerejas,
o S. Geraldo acena de Bolfiar,
com as suas bandeiras.
Grande romaria vai ser! O sítio é lindo. O Agadão e o Alfusqueiro, vindos lá da serra, ali se beijam ao seu encontro; e, logo ao cantar desse beijo, as faldas da serra amaciam, os arvoredos copam-se de verde, perfilam-se as primeiras caneiras de milho.
Aí começa o Vale de Águeda a espraiar-se...” Adolfo Portela
Bolfiar... local onde o rio Alfusqueiro extingue o rio Agadão, local onde nasce o Rio Águeda. Sopé da serra do Caramulo,
Bolfiar é uma pequena aldeia da freguesia de Águeda, município de Águeda, distrito de Aveiro. Região Centro de Portugal, Beira Litoral e subregião do Baixo Vouga.
A Romaria a S. Geraldo de Moissac é celebrada na segunda-feira a seguir ao Domingo do Espírito Santo, feriado municipal.
S. Geraldo - no lugar de Bolfiar (séc. XVII). A capela mor é de exemplar interessante da renascença final, do seiscentismo coimbrão. É uma das principais romarias do concelho e realiza-se sete semanas depois da Páscoa.
"Passámos numa bateirinha, remada por uma velha moleira da margem, o viçoso rio de Bolfiar, a que deu nome, hoje corrupto, segundo a tradição, o bom fiar de certa moça mui santa, que junto dele vivia numa choupaninha pobre, e esmolando a todos os pobres com o trabalho da sua roca; se não quiserdes antes que dos Moiros lhe viesse o apelido, significando pepinal, ou rio das terras dos pepinos; pacífico rio, que então ia grosso e desmandado por entre as suas duas ribas altas e verdejantes, em cujos cimos nenhum passageiro deixou nunca de se deter enlevado na amenidade de tal painel.
Começam a estender-se-nos diante, profusas e desmedidas para um e outro cabo, arrepiadas gândaras de carqueja e urzes, só de longe a longe interruptas de um sobreiro torcido e mal posto, ou de um rebanho; terreno boleado e ondeado como um lago, que em meio de tempestades se houvesse petrificado por encanto. São já fronteiras do Caramulo."
Feliciano de Castilho
O rio Alfusqueiro nasce no topo da serra do Caramulo, na vertente voltada para oeste, onde mais chove e na zona granítica de Cambra. Depois de receber alguns afluentes, continua o seu percurso sinuoso e rugoso, ora largo, ora estreito. A sua largura é, por vezes, tão diminuta, que é fácil passar de uma margem à outra por cima dos rochedos. Quando deixa o granito e entra na zona xistosa, já os vales são mais profundos e quase intransponíveis, até à sua foz, na praia fluvial de Bolfiar, onde se encontra com o Agadão.
Existem motivos acrescidos para visitar Bolfiar, terra de tradições e romarias, desde que o Núcleo que animam o verão no concelho de Águeda.Desportivo de Bolfiar voltou a montar a nora no rio Águeda e a organizar uma das mais pitorescas, concorridas e brilhantes festas.
A praia fluvial está uma delícia e o Nora-Bar e a sua esplanada são uma obra-prima dos carpinteiros de Bolfiar. Talvez seja esta a melhor homenagem aos seus antepassados que arregaçavam as calças e andavam no rio de anchó em punho, montando as noras contra a irreverência das águas límpidas do rio Águeda.
A nora lá está, chiando de nostalgia em cada volta que dá. Que saudade das mondadeiras e dos catraios chapinhando nos regos talhados entre filas intermináveis de milho verde!
Habitat - Crescia no solo coberto de folhas, no limite de um caminho pouco frequentado. As árvores mais próximas, salgueiros, estavam a uma distância não inferior a 5 metros. Existiam silvas nas proximidades do fungo.
ResponderExcluirAspecto - Bolsa amarela no estado juvenil. Forma em coroa estrelar no estado de maturação, com 9cm de diâmetro. Amarelo torrado com salpicos de castanho. No seu interior continha um pó, esporos castanho escuro, cinzento... que facilmente saiam com a força do vento.
Nome comum - Escleroderma verrugoso
ResponderExcluirComestibilidade - Sem interesse culinário
Forma
Jovem: Globoso a piriforme, provido de um pseudo-pé robusto
Maduro: Globoso a piriforme, provido de um pseudo-pé robusto
Dimensão
Jovem/Maduro: 2-8 cm (diâmetro)
Cores e Textura
Jovem/Maduro: Perídio (superfície externa) castanho-avermelhado, ocráceo a castanho-oliváceo, simples, fino e frágil, que se desintegra, frequentemente, em escamas irregulares, e que fende, na parte superior, por uma abertura irregular; Gleba (massa de esporos) branca, castanha-amarelada a castanha-arroxeada e pulverulenta; Pseudo-pé amarelado a acastanhado, e envolvido por cordões miceliares brancos
Esporos Castanhos
Características Organolépticas
Cheiro Desagradável
Sabor Desagradável
Ecologia
Distribuição Frequente
Habitat Azinhais e sobreirais
Modo de Nutrição Micorrízico
Período de Frutificação Todo o ano